ABRIL AZUL

INASP, 2025
O CONHECIMENTO É PODER. UTILIZE PARTE DO SEU TEMPO PARA EDUCAR ALGUÉM SOBRE O AUTISMO. NÃO NECESSITAMOS DE DEFENSORES. NECESSITAMOS DE EDUCADORES - ASPERGER WOMEN ASSOCIATION
O dia 02 de abril é celebrado como o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, essa data foi criada pela Organização das Nações Unidas - ONU em 2007 e instituída no Brasil a partir da promulgação da Lei nº 13.652/2018. No mês de abril, diversas atividades e ações no setor público e privado unem-se para dar visibilidade ao TEA – Transtorno do Espectro Autista e discutirem a relevância da criação de políticas públicas voltadas ao tema.
O autismo (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento que prejudica a organização de pensamentos, sentimentos e emoções, tendo como característica a dificuldade de comunicação por falta de domínio da linguagem e uso da imaginação, dificuldade de socialização e o comportamento limitado e repetitivo. Por ser um espectro, cada indivíduo possui características distintas e com graus diferentes, fazendo com que eles se tornem únicos.
SINAIS
Os sinais mais comuns do TEA são o atraso anormal na fala, demonstrar desinteresse com pessoas ou objetos ao redor, dificuldade em interação social, não conseguir interpretar gestos e expressões faciais, repetição linguística e de movimentos incomuns, seletividade alimentar, mostrar interesse obsessivo em determinado assunto e andar na ponta dos pés. O diagnóstico oficial é feito a partir da avaliação médica e do relato dos pais.
TRATAMENTO
É importante que os pais assim que percebam os sinais procurem uma opinião médica, e que aceitem o possível diagnóstico, o mais cedo possível, pois o quanto antes o tratamento for iniciado, maiores são as possibilidades de melhora e qualidade de vida, o tratamento pode fazer com que autistas tenham maior autonomia, desenvolvam uma interação social e até adaptação em escolas, universidades e no mercado de trabalho. O tratamento é realizado por uma equipe multidisciplinar e individual, através de fonoaudióloga, terapia ocupacional, psicologia, nutricionista, pedagogo, e outros profissionais que possam suprir as necessidades individuais de cada autista.
NÍVEIS DE SUPORTE
A classificação de acordo com o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) classifica os níveis de autismo de acordo com o nível de suporte necessário:
Nível 01 – “autismo leve”, é caracterizado por dificuldades na interação social e comunicação, bem como em comportamentos repetitivos e interesses restritos, mas a título de comparação com outros níveis, conseguem ter mais habilidades sociais e ter possíveis mudanças de rotina, apresentando uma maior autonomia;
Nível 02 – “autismo moderado”, caracteriza-se por dificuldades significativas na comunicação e interação social, dificuldade em mudança de rotina e enfrenta maiores desafios para iniciar ou manter conversas e compreender nuances da linguagem;
Nível 03 – “autismo grave ou severo”, apresenta as características dos níveis 1 e 2 com deficiência mais severa nas habilidades de comunicação, tanto verbal quanto não verbal, apresentando uma personalidade comportamental inflexível.
Nos níveis 2 e 3 de suporte, autistas apresentam uma incidência maior de comorbidades, como depressão, TDAH, TOC, ansiedade, epilepsia, distúrbios do sono, dificuldade de fala, distúrbios gastrointestinais, deficiência intelectual e dificuldades de coordenação motora.
DADOS
A quantidade exata de pessoas diagnosticadas com TEA ainda é incerta, mas estima-se que haja, aproximadamente 2 milhões de pessoas diagnosticadas, levando em conta a estimativa de organizações internacionais que estipula 1 caso de autismo em cada 44 nascimentos.