INASP, 2025

Maio Roxo é uma campanha de conscientização das doenças inflamatórias intestinais (DIIs), como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa.

Por conta da importância foi instituído o mês de conscientização e a cor roxa simboliza a luta e a solidariedade em relação a essas condições de saúde, o objetivo da campanha é aumentar o debate público em torno do problema e sensibilizar a sociedade para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento correto para melhoria da qualidade de vida dos pacientes, já que na maioria dos casos não há cura.

DOENÇA DE CROHN

A Doença de Crohn é uma doença inflamatória do trato gastrointestinal, ela afeta predominante a parte inferior do intestino delgado (íleo) e o intestino grosso (cólon), mas pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal. Habitualmente causa diarreia, cólica abdominal, frequentemente febre e, às vezes, sangramento retal, também pode se desenvolver lentamente ou começar de maneira súbita, podendo haver também dores articulares e lesão na pele.

Os sintomas mais comuns da doença são dor abdominal acompanhada de cólicas, diarreia crônica, febre, perda de apetite e perda de peso, os sintomas da doença de Crohn podem durar dias ou semanas e podem se resolver sem tratamento, a recuperação completa e permanente depois de um único ataque é extremamente rara, os intervalos do seu aparecimento são irregulares, ao longo de toda a vida.

O diagnóstico da doença é feito através do exame de sangue, fezes e o diagnóstico por imagem, e se necessário, uma colonoscopia. O médico pode suspeitar da existência da Doença de Crohn em uma pessoa com cólicas abdominais e diarreias recorrentes, sobretudo se houver antecedentes familiares de doença de Crohn.

O tratamento da doença, é de acordo com o nível da doença (leve, moderada ou grave), podendo fazer com que o tratamento seja através de antibióticos, imunomoduladores e antidiarreicos e em algumas vezes, cirurgia.

Com base no DataSUS, a SPCP analisou as taxas de incidência e prevalência das doenças inflamatórias intestinais no Brasil de 2012 a 2020, foram analisadas informações de 212.026 pacientes de ambos os sexos, sendo 140.705 com doença de Crohn.

RETOCOLITE ULCERATIVA

A retocolite ulcerativa é uma doença idiopática caracterizada por episódios recorrentes de inflamação que acomete predominantemente a camada mucosa do cólon, a doença sempre afeta o reto e também variáveis porções proximais do cólon, em geral de forma contínua, ou seja, sem áreas de mucosa normais entre as porções afetadas.

Os sintomas da colite ulcerativa ocorrem em crises, às vezes, a crise é repentina e grave, causando diarreia violenta, geralmente com muco e sangue, febre alta, dor abdominal e, ocasionalmente, peritonite (inflamação do revestimento da cavidade abdominal que causa dor intensa por todo o abdômen).

O médico suspeita de retocolite ulcerativa em uma pessoa com diarreia sanguinolenta recorrente, acompanhada de cólicas e urgência para defecar, particularmente se a pessoa tiver outras complicações, como artrite ou problemas hepáticos e um histórico de ataques similares, a doença pode ser confirmada com exames de fezes, sigmoidoscopia, exames de sangue e exames de diagnóstico por imagem.

O tratamento da doença tem como objetivo controlar a inflamação, reduzir os sintomas e repor qualquer perda de líquidos e nutrientes, a partir do controle de dieta e loperamida, aminossalicilatos, corticosteroides, medicamentos imuno modulares, agentes biológicos e relacionados, agentes de molécula pequena e às vezes, cirurgia. Tratamentos específicos dependem da gravidade e dos sintomas dos pacientes.

Com base no DataSUS, a SPCP analisou as taxas de incidência e prevalência das doenças inflamatórias intestinais no Brasil de 2012 a 2020, foram analisadas informações de 212.026 pacientes de ambos os sexos, sendo 92.326 com doença de Retocolite Ulcerativa.