OUTUBRO ROSA

INASP, 2025.
No mês de outubro, é realizada a campanha Outubro Rosa, um movimento internacional de conscientização e disseminação de informações sobre o câncer de mama, com foco na prevenção e no diagnóstico precoce.
No Brasil, a Lei nº 13.733/2018 determinou que, anualmente, durante esse mês, sejam promovidas atividades voltadas para a conscientização sobre a doença, fortalecendo uma mobilização que começou no início da década de 1990. Na época, o laço cor-de-rosa, símbolo da prevenção ao câncer de mama, foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York. Desde então, a iniciativa ganhou força mundial.
O QUE É O CÂNCER DE MAMA
O câncer de mama é caracterizado pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, formando um tumor que pode invadir outros órgãos. Existem vários tipos da doença: alguns evoluem rapidamente, enquanto outros apresentam crescimento mais lento. A maioria dos casos, quando diagnosticados precocemente e tratados de forma adequada, tem bom prognóstico e possibilita melhores resultados, inclusive estéticos.
DADOS
É o tipo de câncer mais comum entre mulheres no mundo, em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Em 2020, foram estimados cerca de 2,3 milhões de novos casos no mundo, representando 24,5% de todos os tipos de neoplasias femininas. Para o Brasil, a estimativa de 2023 foi de 73.610 novos casos, o que corresponde a um risco de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.
O câncer de mama também é o que mais causa mortes por câncer entre mulheres no país. Em 2021, foram registrados 18.139 óbitos, com taxa de mortalidade ajustada de 11,71 por 100 mil habitantes. As regiões Sul e Sudeste concentram as maiores taxas de incidência e mortalidade.
PRINCIPAIS SINTOMAS
- Nódulo (caroço) fixo e, geralmente, indolor;
- Pele da mama avermelhada, retraída ou com aspecto de casca de laranja;
- Alterações no mamilo ou saída de secreção;
- Presença de nódulos na mama, axilas ou pescoço.
FATORES DE RISCO
- Mulheres acima de 55 anos;
- Primeira menstruação antes dos 12 anos;
- Não ter filhos ou primeira gestação após os 30 anos;
- Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio e progesterona);
- Terapia de reposição hormonal por mais de cinco anos;
- Obesidade e sobrepeso após a menopausa;
- Sedentarismo;
- Consumo de álcool;
- Exposição frequente a radiações ionizantes;
- Histórico de radioterapia no tórax;
- Histórico familiar de câncer de mama (principalmente antes dos 50 anos) ou de ovário;
- Casos de câncer de mama em homens na família;
- Alterações genéticas, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.
MAMOGRAFIA: QUEM DEVE FAZER
A mamografia é o exame mais eficaz no rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de mama.
- Indicação principal: mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos.
- Indicação complementar: a partir dos 35 anos, em casos de suspeita de síndromes hereditárias ou quando há nódulos palpáveis.
O exame dura, em média, de 15 a 25 minutos. A paciente permanece em pé diante do mamógrafo, posicionando a mama entre duas placas que capturam a imagem. É necessário ficar imóvel e prender a respiração por alguns segundos, sempre seguindo as orientações da profissional responsável.










