Feito por: EQUIPE INASP

A campanha Março Lilás tem como propósito conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do combate ao câncer de colo uterino, uma doença que pode ser evitada na maioria dos casos se medidas preventivas forem tomadas. A escolha do mês de março para essa campanha não é por acaso: em 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, data que foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975. A cor lilás é um tributo ao Movimento Sufragista, simbolizando a luta das mulheres pela igualdade de direitos e pela liberdade.

O câncer de colo de útero, ou câncer cervical, é um tipo de tumor que se desenvolve a partir de alterações celulares na parte inferior do útero, chamadas de lesões precursoras. Essas lesões podem ser curadas se tratadas a tempo, e muitas vezes nem chegam a se transformar em câncer. Contudo, sem o diagnóstico e tratamento adequado, essas lesões podem evoluir para câncer, o que ressalta a importância da realização de exames preventivos periódicos.

Excluindo o câncer de pele não melanoma, o câncer de colo de útero é o terceiro tipo de câncer mais comum entre mulheres no Brasil, sendo também a quarta causa de morte por câncer entre a população feminina. Para o período de 2023 a 2025, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 17.010 novos casos ao ano, com uma taxa de incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.

A incidência do câncer de colo de útero varia regionalmente:

• Norte: Segunda posição, com 20,48 casos por 100 mil mulheres.
• Nordeste: Segunda posição, com 17,59 casos por 100 mil mulheres.
• Centro-Oeste: Terceira posição, com 16,66 casos por 100 mil mulheres.
• Sul: Quarta posição, com 14,55 casos por 100 mil mulheres.
• Sudeste: Quinta posição, com 12,93 casos por 100 mil mulheres.

A principal causa do câncer de colo de útero é a infecção persistente por tipos específicos do Papilomavírus Humano (HPV). O HPV é um vírus de transmissão sexual, e sua infecção é bastante comum, mas na maioria dos casos ele não causa problemas. No entanto, algumas infecções por HPV podem levar a alterações celulares que, se não tratadas, podem evoluir para o câncer.

A prevenção do câncer de colo de útero é possível através de algumas ações importantes, sendo a vacinação contra o HPV e o exame preventivo (Papanicolau) as principais medidas.

1. Vacinação contra o HPV: Disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina é oferecida gratuitamente para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, podendo prevenir até 70% dos casos de câncer de colo de útero e 90% das verrugas genitais.
2. Uso de Preservativos: Como o HPV é transmitido pelo contato sexual, o uso de preservativos ajuda a reduzir o risco de infecção.
3. Exame Papanicolau: Esse exame preventivo deve ser realizado regularmente por mulheres que já iniciaram a vida sexual. Ele detecta alterações pré-cancerígenas no colo do útero, que podem ser tratadas precocemente, evitando o desenvolvimento do câncer em quase todos os casos.

O Março Lilás busca educar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de colo de útero, promovendo a saúde e o bem-estar das mulheres. Essa conscientização é essencial, pois, apesar de ser uma doença evitável e tratável na grande maioria dos casos, o câncer de colo de útero ainda é um problema de saúde pública no Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

Investir em informação, acesso à vacinação e exames preventivos pode salvar muitas vidas e reduzir o impacto dessa doença. O Março Lilás é um convite para que todas as mulheres cuidem de sua saúde e, assim, possam viver com mais qualidade e tranquilidade.

REFERÊNCIAS: 

https://sbradioterapia.com.br/noticias/gerais/marco-lilas-mes-da-conscientizacao-e-combate-ao-cancer-de-colo-de-utero/

https://blog.memed.com.br/marco-lilas/

https://www.gov.br/casacivil/pt-br/assuntos/noticias/2022/marco/campanha-marco-lilas-um-alerta-para-a-prevencao-do-cancer-de-colo-de-utero

https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/dados-e-numeros/incidencia#:~:text=No%20Brasil%2C%20exclu%C3%ADdos%20os%20tumores%20de%20pele%20n%C3%A3o%20melanoma%2C%20o,mulheres%20(INCA%2C%202022).