MARÇO E SUAS CORES

INASP, 2025.
“Cada doença pertence a um doente, cada doente tem uma mente, cada mente é um universo infinito.” – Augusto Cury, O Vencedor de Sonhos.
O mês de março é de extrema importância para a conscientização e prevenção do câncer renal (carcinoma renal) e o câncer de intestino (câncer colorretal), as cores que simbolizam esse mês são o vermelho e o azul marinho.
MARÇO VERMELHO
O câncer do rim, também chamado de carcinoma de células renais, é um tumor raro, tal tumor ocorre em duas formas: a forma hereditária, que é uma manifestação rara e ocorre predominantemente em pacientes jovens através de mutações autossômicas dominantes (síndrome de Von Hippel-Lindau) e na forma esporádica, que é a mais comum (PROTOCOLO DE ATENÇÃO À SAÚDE, 2019; SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL).
Maço Vermelho surge como uma forma de incentivar a população a buscar informações e se cuidar através dos fatores de risco, sinais de alerta e opções para esse tipo de câncer específico, que não é tão difundido.
Dentre os principais sintomas deste tipo de câncer, o sangramento na urina e dores na região lateral da barriga são os que mais se destacam, como o rim é um órgão localizado de maneira mais profunda na região lateral da barriga, os sintomas mais intensos e a possibilidade de palpação do câncer só ocorrem quando o mesmo está avançado, fazendo com que os casos sejam descobertos em forma de metástase.
A suspeita dos casos é levantada por meio de exames de imagem, através de um estudo aprimorado de tomografia computadorizada e ressonância magnética, para assim, analisar os detalhes, tamanho e a localização do tumor.
Segundo o INCA – Instituto Nacional de Câncer, para o triênio de 2023 a 2025, são projetados aproximadamente 12 mil novos casos de câncer renal por ano, com a ocorrência da maior parte dos casos para pessoas com mais de 50 anos, e tendo a incidência duas vezes maior em homens do que em mulheres. O câncer se desenvolve diretamente nos rins e pode comprometer a função renal, caso não ocorra o diagnóstico e o tratamento precoce. (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, 2022; MINISTÉRIO DA SAÚDE).
MARÇO AZUL MARINHO
O câncer de cólon e reto abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon, no reto, que corresponde ao final do intestino imediatamente antes do ânus, e no ânus. É uma doença heterogênea, que se desenvolve predominantemente a partir de mutações genéticas em lesões benignas, como pólipos adenomatosos e serrilhados (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA, 2021b; SULLIVAN; NOUJAIM; ROPER, 2022).
A campanha do Março Azul é para combater o câncer de intestino, uma doença que é silenciosa e que requer atenção aos sinais e os fatores de risco, uma vez feito o diagnóstico precoce, existe possibilidade de 90% da remissão cancerígena.
Em 2025, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) e a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) promovem o Março Azul, com o tema da campanha “Chegou a Hora de Salvar a Sua Vida”, um alerta para homens e mulheres sobre a importância do cuidado preventivo, aumentando assim, o diagnóstico precoce do câncer de intestino e garantindo uma maior qualidade de vida aos pacientes, ampliando a margem de cura.
Existem dois tipos de exames capazes de detectar de maneira precoce os tumores no intestino, o Teste FIT – que aponta o sangue nas fezes (mesmo que oculto a olho nu), e a Colonoscopia – um exame de imagem que vê o funcionamento do intestino por dentro.
Dentre os fatores de risco estão:
- Fumar;
- Consumir alimentos ricos em gorduras saturadas;
- Não praticar exercícios físicos;
- Consumir bebidas alcoólicas;
- Idade superior a 50 anos;
- Histórico familiar de câncer colorretal;
- História pessoal da doença (já ter tido outro tipo de câncer);
- Baixo consumo de cálcio; e
- Obesidade.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer – INCA, o número estimado de novos casos de câncer de cólon e reto (câncer de intestino), para o Brasil durante o triênio de 2023 a 2025, é de 45.630 casos, correspondendo a um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes, sendo 21.970 casos entre os homens e 23.660 casos entre as mulheres (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, 2022; MINISTÉRIO DA SAÚDE).