JULHO AMARELO

28/07/2024 às 14:18:10
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Feito por: EQUIPE INASP


A campanha “Julho Amarelo” foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.802/2019, com o objetivo de intensificar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais, uma grave questão de saúde pública. As hepatites virais são inflamações no fígado causadas por diferentes tipos de vírus e, embora nem sempre apresentem sintomas visíveis, podem levar a sérias complicações de saúde, como cirrose e câncer hepático.

A hepatite é caracterizada pela inflamação do fígado e pode ser causada tanto por infecções virais quanto pelo uso de certos medicamentos, consumo de álcool e outras drogas, além de condições autoimunes, metabólicas e genéticas. Muitas vezes a doença é assintomática, mas, quando os sintomas aparecem, podem incluir cansaço, febre, mal-estar, tontura, náuseas, vômitos, dor abdominal, icterícia (pele e olhos amarelados), urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda os vírus D e E, menos frequentes. Cada tipo de hepatite viral possui características específicas em relação à forma de transmissão, sintomas e gravidade:

  1. Hepatite A: associada a condições de saneamento e higiene, é geralmente uma infecção leve, autolimitada, e não se torna crônica. A hepatite A é a mais prevalente e possui vacina disponível.
  2. Hepatite B: de transmissão principalmente sexual e por contato com sangue, a hepatite B tem uma incidência significativa no Brasil e pode evoluir para formas crônicas. A vacina contra a hepatite B é fundamental e, aliada ao uso de preservativos, é a principal forma de prevenção.
  3. Hepatite C: prevalente principalmente por contato com sangue, é considerada uma das maiores epidemias virais atualmente, sendo cinco vezes mais prevalente que o HIV/AIDS. Não possui vacina e é uma das principais causas de cirrose, câncer de fígado e necessidade de transplante hepático.
  4. Hepatite D: ocorre apenas em pessoas já infectadas pelo vírus da hepatite B, pois depende dele para replicação. A vacina contra a hepatite B também protege contra a hepatite D.
  5. Hepatite E: menos comum no Brasil, é transmitida por via fecal-oral e não se torna crônica. Mulheres grávidas infectadas, entretanto, podem apresentar quadros mais graves da doença.

Entre 2000 e 2022, foram confirmados 750.651 casos de hepatites virais no Brasil. A maior parte dos diagnósticos é de hepatite C (39,8%), seguida de hepatite B (36,9%) e hepatite A (22,5%). As infecções por hepatite A concentram-se no Nordeste (30% dos casos), enquanto as hepatites B e C têm prevalência maior nas regiões Sudeste, com 34,2% e 58,3% dos casos, respectivamente.

A prevenção é um fator crucial no combate às hepatites virais, com medidas que incluem o uso de preservativos, o controle de sangue e derivados, práticas de higiene e saneamento básico adequados. Além disso, a vacinação é um dos meios mais eficazes de prevenção para os tipos A e B.

Em um cenário onde as hepatites virais ainda causam impactos significativos na saúde pública, campanhas como o “Julho Amarelo” são essenciais para a conscientização e para reforçar a importância da vacinação. Afinal, VACINAS SALVAM VIDAS!


REFER^NCIAS:

https://bvsms.saude.gov.br/julho-amarelo-mes-de-luta-contra-as-hepatites-virais/

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-com-ciencia/noticias/2024/julho/julho-amarelo-entenda-a-importancia-da-prevencao-e-controle-das-hepatites-virais

https://bvsms.saude.gov.br/julho-amarelo-mes-de-luta-contra-as-hepatites-virais-3/

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/julho/saude-vai-dobrar-o-numero-de-pacientes-com-hepatite-b-em-tratamento-no-brasil#:~:text=No%20per%C3%ADodo%20de%202000%20a,A%20(22%2C5%25).