FEVEREIRO LARANJA

INASP, 2025.
“O GACC SERGIPE É FONTE DE ESPERANÇA E APOIO PARA CRIANÇAS E SUAS FAMÍLIAS, DURANTE O TRATAMENTO DO CÂNCER INFANTIL."
O Fevereiro Laranja é uma campanha de conscientização populacional sobre a prevenção, diagnóstico e combate a Leucemia – um câncer que tem início nas células-tronco existentes na medula óssea, de onde se originam as células sanguíneas.
A Leucemia é uma doença maligna e que afeta o sangue, a causa exata não é conhecida, mas ela é influenciada por fatores genéticos e ambientais, mas ela acontece quando uma célula do sangue, que ainda não atingiu a maturidade, sofre uma mutação genética e se transforma em uma célula cancerígena, multiplicando-se mais rápido e morrendo menos que células saudáveis, assim elas vão substituindo as células saudáveis nas células sanguíneas da medula óssea.
TIPOS DE LEUCEMIA
Existem alguns tipos de leucemia, e elas se baseiam no crescimento, aguda são as células de crescimento rápido e crônica de células de crescimento lento. Os principais tipo de Leucemia são:
- Leucemia Linfoide Aguda: Mais comumente observado em crianças e apresenta rápido desenvolvimento;
- Leucemia Linfoide Crônica: Afeta principalmente indivíduos adultos, geralmente a partir dos 50 anos. Tem crescimento mais lento. Raramente ocorre em crianças;
- Leucemia Mielóide Aguda: É o tipo mais comum de leucemia em adultos e tem desenvolvimento muito rápido. Raramente ocorre em crianças. Na leucemia mieloide aguda a medula óssea produz muitas células sanguíneas anormais que se acumulam pelo corpo;
- Leucemia Mielóide Crônica: Caracteriza-se por uma produção excessiva de glóbulos brancos e por ter uma evolução lenta. Acomete em geral pessoas idosas.
TRATAMENTO
O tratamento de Leucemia é feito a partir da destruição das células cancerígenas para que a medula óssea volte a produzir células saudáveis, a duração do tratamento varia de acordo com o tipo específico de câncer:
- Tratamento da leucemia linfoide aguda - é dividido em três fases. Na primeira, é feita a quimioterapia induzida à remissão das células cancerígenas. Na segunda, é feita uma terapia intensiva com quimioterápicos que ainda não tinham sido usados. A última fase é mais branda e contínua por vários meses;
- Tratamento da leucemia mieloide aguda - passa pelas duas primeiras fases, como o tratamento da leucemia linfoide aguda. A terceira etapa só é necessária em casos de hemorragias graves durante o diagnóstico;
- Tratamento da leucemia linfoide crônica - pode ser quimioterápico ou através de medicamentos orais e imunológicos. A escolha depende de aspectos do paciente, como idade, outras doenças, resistência à quimioterapia e evolução da leucemia;
- Tratamento da leucemia mieloide crônica - é feito com um medicamento oral que inibe uma proteína anormal responsável por causar esse tipo de leucemia. Quando o tratamento não responde da forma esperada ou falha, pode ser necessária a quimioterapia e/ou o transplante de medula óssea.
DADOS SOBRE A LEUCEMIA
No Brasil, o número estimado de casos novos de Leucemia no triênio 2023 a 2025, é de 11.540 casos, o que corresponde a um risco estimado de 5,33 por 100 mil habitantes, sendo 6.250 homens e 5.290 mulheres. Essa doença ocupa a décima posição entre os tipos de câncer mais frequentes nos homens, é o sexto mais frequente no Norte e Nordeste, seguido pela região Sudeste na décima primeira posição, Centro-Oeste na décima segunda posição e no Sul na décima quarta posição. Nas mulheres, é o sexto mais frequente na Região Norte, o nono mais frequente no Nordeste, décimo primeiro na no Sul, décimo terceiro no Centro-Oeste e décimo quarto no Sudeste (Instituto Nacional de Câncer – INCA; Ministério da Saúde).
Mundialmente, em 2020, foram estimados 475 mil casos de leucemia, o que equivale a 2,5% de todos os tipos de câncer. Entre os homens, foram 270 mil casos novos, correspondendo ao risco estimado de 6,30 casos por 100 mil homens. Entre as mulheres, foram 205 mil casos de leucemia ou 4,50 casos a cada 100 mil mulheres. As maiores taxas de incidência para ambos os sexos foram observadas na América do Norte, na Austrália, na Nova Zelândia e na Europa Ocidental (Instituto Nacional de Câncer – INCA apud FERLAY et al., 2020).
PARCERIA ENTRE INASP E GACC/SE
O GACC/SE vem sendo fonte de esperança e apoio para crianças e suas famílias, oferecendo cuidados e promovendo uma melhor qualidade de vida durante o tratamento do câncer infantil.
O Grupo de Apoio à Criança com Câncer de Sergipe (GACC/SE) nasceu em 1999, graças à iniciativa de Lygia Ribeiro e suas filhas, com o objetivo de melhorar a difícil realidade vivida pela criança e adolescente com câncer no estado. Há alguns anos, observando a crescente demanda, o GACC ampliou o seu atendimento às crianças e adolescentes com doenças hematológicas (GACC/SE; Quem Somos).
Por não residir na capital ou mesmo em Sergipe, boa parte dos pacientes se hospedam na Casa de Apoio do GACC, a Casa Alegria e Esperança. Encaminhados pelo serviço social do Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), os pacientes são acolhidos e cadastrados pelo serviço social do GACC e passam a receber transporte para o hospital, atividades recreativas, atendimento psicológico, odontológico e nutricional, orientação quanto aos direitos do paciente, ajuda de custo, participam de projetos voltados para as crianças e suas famílias, tudo com muito amor e carinho que jamais podem faltar em um projeto social como esse (GACC/SE; Quem Somos).
O GACC tem como missão "Humanizar o tratamento de crianças e adolescentes com câncer e doenças hematológicas, oferecendo assistência biopsicossocial e material, garantindo a eles o direito a saúde e a vida" (GACC/SE; Quem Somos).
No momento, o GACC possui três estabelecimentos alugados, onde funcionam a Casa de Apoio, o Bazar Permanente e o Anexo. Para os próximos anos, tem o grande desafio de construir a sede própria, orçada em 12 milhões, no terreno doado pelo Governo do Estado de Sergipe em 2011 (GACC/SE; Quem Somos).
O GACC se orgulha do que faz e pretende fazer muito mais. A instituição necessita permanentemente de recursos, de associados mantenedores, de parceiros e voluntários para oferecer um tratamento cada vez melhor, lutando pelo diagnóstico precoce em busca de uma porcentagem de cura cada vez maior (GACC/SE; Quem Somos).
Conheça o trabalho do GACC/SE e faça parte dessa corrente do bem, acesse: https://www.gacc-se.org.br/.