AGOSTO DOURADO

25/08/2025 às 11:32:17
AGOSTO DOURADO - BANNER (INASP - ASCOM)

INASP, 2025


O mês de agosto é conhecido como Agosto Dourado por simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação, e a cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. Historicamente, o “Agosto Dourado” iniciou na Semana Mundial de Aleitamento Materno, em 1990, em um encontro da Organização Mundial de Saúde com a UNICEF, foi gerado um documento conhecido como “Declaração de Innocenti”, em 1991 foi fundada a Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação e em 1992, foi criada a Semana Mundial de Aleitamento materno.

O Agosto Dourado celebra o mês do Aleitamento Materno no Brasil, que foi instituído pela Lei nº 13.435/2.017, que determinou que, durante o mês de agosto serão intensificadas campanhas e ações intersetoriais de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno.

O leite materno é o alimento mais completo para os bebês, pois, sacia a fome, contribui para a melhora nutricional, reduz chance de obesidade na primeira infância, além de hipertensão e diabetes, diminui riscos de infecções e alergias, além de aumentar o vínculo entre mãe e bebê. O leite é repleto de anticorpos, que são fundamentais para a saúde e resistência do bebê a doenças, por isso, é fundamental que essa seja a única fonte de alimento até os seis meses.

FASES DA AMAMENTAÇÃO

  1. TRABALHO DE PARTO: o trabalho de parto libera um coquetel de hormônios que auxiliam a ejeção do colostro (primeiro leite, rico em anticorpos e é fundamental para o sistema imunológico do bebê) e a apojadura (descida do leite);
  2. HORA DE OURO: o contato pele a pele na primeira hora de vida promove um maior vínculo da mãe com o bebê;
  3. APOJADURA: até 15 dias após o parto, há um aumento da produção e maior teor de gordura;
  4. LEITE MADURO: apresenta diferentes características ao longo da mamada e possui vitaminas, minerais e proteínas essenciais.

DADOS

De acordo com Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil – ENANI, na publicação realizada em 2019, das 14.558 crianças residentes em 12.524 domicílios no Brasil, 96,2% das crianças menores de dois anos foram alguma vez amamentadas e 62,4% formam amamentadas ainda na primeira hora de vida. A prevalência do Aleitamento Materno Exclusivo – AME, em menores de 6 meses foi de 45,8% no Brasil, com maior prevalência na região Sul (54,3%), seguida das regiões Sudeste (49,1%), Centro-Oeste (46,5%), Norte (40,3%) e Nordeste (39%). A prevalência de aleitamento materno continuado no primeiro ano de vida (entre crianças de 12 a 23 meses) no Brasil foi de 43,6%, sendo mais prevalente na região Nordeste (51,8%), Norte (49,1%), Centro-Oeste (43,9%), Sudeste (38%) e Sul (37,8%).

Ainda de acordo com a pesquisa, a duração mediana do AME foi de 3 meses, a do aleitamento materno de 15,9 meses e do aleitamento materno cruzado entre menores de dois anos foi de 21,1% no Brasil, sendo maior na região Norte (34,8%), seguido das regiões Sudeste (21,3%), Nordeste (20,3%), Centro-Oeste (18,7%) e Sul (12,5%). No Brasil 4,8% das mães de crianças com menos de dois anos de idade doaram seu leite para bancos de leite humano e 3,6% das crianças nessa faixa etária receberam leite humano ordenhado pasteurizado dos bancos de leite humano. O uso de mamadeiras e chuquinhas entre as crianças com menos de dois anos de vida foi de 52,1% no Brasil, sendo maior nas regiões Nordeste (55,8%) e Sul (54,8%) e menor na região Centro-Oeste (47,4%).